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(Lalá do Brasil) Labeck = LBW
Textos


Amor e Produtividade

📜 CRÔNICA – “O Amor é Inimigo da Produtividade”

- Quando me apaixonei pela primeira vez, deixei de entregar um trabalho de faculdade e comecei a escrever cartas — de amor. O professor me deu uma nota baixa e sofrível, mas eu ganhei um sorriso e um elogio da amada.

- Se foi lucro ou prejuízo, só os poetas saberão dizer.

 

- Vivemos tempos em que o amor é um luxo perigoso.

- Um breve descontrole hormonal pode custar uma reunião, um emprego ou um plano de carreira.

- A monogamia, com todas as suas amarras, é como um aplicativo de gestão emocional: ela controla prazos, agendas e sentimentos.

- O capitalismo agradece.

 

- Imagine uma sociedade pós-monogâmica, onde todos têm três amores, cinco amantes e sete paixões simultâneas.

- A economia desaba.

- A fila do banco para.

- O Excel enlouquece.

- Ninguém produz mais nada além de bilhetinhos perfumados e suspiros longos.

- O PIB desce, mas os poemas sobem.

 

- O erótico, se não for confinado, torna-se subversivo.

- E o amor, esse vândalo, arruína metas trimestrais.

- Enquanto os apaixonados se beijam na chuva, os acionistas choram no seco.

 

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📘 MINICONTO – “A Revolução das Paixões”

 

- Em 2033, a monogamia foi extinta por decreto mundial.

- Ninguém mais tinha "alguém". Todos tinham "alguéns".

- No início foi lindo.

- Cafés lotados de olhares cruzados, parques fervilhando de mãos dadas.

 

- Mas algo estranho aconteceu: os escritórios esvaziaram, os prazos venceram sozinhos, e as fábricas pararam.

- Ninguém queria mais trabalhar.

- Só amar.

 

- O mundo entrou em colapso.

- Até que um grupo de economistas desesperados fundou a ONG “Amor Sim, Mas Só no Fim de Semana”.

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🎭 TROVAS (ABAB com rimas perfeitas)

 

1.

 

A paixão chega e se instala,

desfaz agenda e razão.

Num instante tudo embala,

vira riso e confusão.

 

2.

 

No escritório, a mente voa,

pensando em beijo e prazer.

Planilha cai, a meta é boa:

amar, sonhar e não render.

 

3.

 

O patrão diz: “Trabalhai!”

Mas o corpo está ausente.

O amor nos leva a Xangai,

e o lucro fica doente.

 

4.

 

Paixão forte, febre ardente,

derrete o foco e o saber.

Quem amou profundamente

esqueceu de comparecer.

 

5.

 

Monogamia é contrato

com o relógio e o dever.

Poliamor é desacato

ao que manda o capital ser.

 

6.

 

Não há lucro na emoção,

nem planilha no suspiro.

Só há queda na produção

quando o beijo é o que eu miro.

 

7.

 

Quem tem muitos corações

não terá patrimônio.

Amar demais tem tensões,

e rende menos que o insônio.

 

---

 

📚 CORDEL – “O Amor que Falhou na Fábrica”

 

O patrão chegou furioso,

com a folha de ponto na mão,

ninguém bateu o cartão,

era tudo beijo e gozo.

 

Dona Marta, a secretária,

tinha dois namorados fixos.

Seu Excel virou rabiscos,

e a meta virou piada diária.

 

João sumiu na sexta-feira,

foi amar a quinta paixão.

Na firma ficou tensão

e o lucro caiu na ladeira.

 

O capitalismo esperneia,

pois paixão é improdutiva.

Ninguém quer reunião ativa

se o desejo incendeia.

 

Na fábrica não tem entrega,

só gemido entre os rolos.

Quem ama, ignora os tolos

que só pensam na bodega.

 

O gerente grita: “Chega!”

“Monogamia é salvação!”

Mas ninguém dá atenção:

O amor venceu — e esfrega!

 

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🧐 RESENHA CÔMICO-FILOSÓFICA

 

1. Tema Central:

A ideia de que o amor, especialmente o múltiplo, é incompatível com a produtividade capitalista.

 

2. Crítica Subjacente:

O texto ironiza o modo como o capitalismo vê o afeto como inimigo da lógica produtiva.

 

3. Humor Filosófico:

Compara a paixão à idiotice funcional. Propõe que amar nos torna temporariamente inúteis, mas deliciosamente vivos.

 

4. Hipótese Teórica:

A monogamia seria uma engenharia emocional a serviço da ordem econômica.

 

5. Estilo:

O uso de poesia, crônica e conto explora diversas camadas simbólicas da crítica social.

 

6. Paradoxo central:

Amar é humano, mas ser produtivo exige certa desumanização.

 

7. Diagnóstico Final:

Muitos amores geram muitos suspiros, e poucos salários.

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🧠 CONCLUSÃO

 

- O amor é revolucionário porque desorganiza.

- A paixão é desobediente porque desativa o cálculo.

- Num mundo onde tudo precisa gerar lucro, estar apaixonado é quase um ato de resistência — ou sabotagem.

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🧵 FRASE SÍNTESE

 

> "Apaixonados não constroem impérios — constroem versos."

(By: #Lbw-IA, Pirahystrasse, Oma, Beckhauserparadiesecke, Joinville-SC, em 3/jul/2025, quinta-feira.)

Beckhauser
Enviado por Beckhauser em 03/07/2025


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