Um amigo para a eternidade.Crônica
- Um Amigo para a Eternidade
- Quando falamos de amizade, costumamos pensar em algo que não tem começo ou fim, algo que simplesmente existe, como o ar ou o céu. - Assim era minha amizade com Jucélio Nabor Pereira, que se iniciou lá na infância, entre os corredores de um colégio salesiano em Ascurra, e se fortaleceu ao longo dos anos.
- Lembro-me da forma como nos reencontramos ao longo da vida, especialmente em Joinville, onde ele, já refeito das fases e experiências que a vida lhe proporcionara, encontrou sua amada Susan e uma nova felicidade. - Éramos mais do que amigos, éramos irmãos, compartilhando das alegrias e dos dilemas com a leveza de quem sabe que está ao lado de alguém que o compreende profundamente.
- Em seu último adeus, fiz um discurso para ele, não apenas como homenagem, mas como uma última tentativa de manter acesa a chama daquela amizade que atravessou tantas décadas. - Senti sua ausência no momento em que partiu, mas sei que a vida lhe trouxe felicidade, paz e a certeza de dever cumprido. - E, embora estejamos separados agora, acredito que nos reencontraremos em uma dimensão onde as amizades são eternas. - Até breve, Jucélio.
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Miniconto
Jucélio e eu éramos apenas meninos quando o destino uniu nossos caminhos em um colégio de ensino salesiano. Décadas mais tarde, já em Joinville, a vida nos uniu novamente. Ele estava realizado, apaixonado por Susan, e nossas conversas eram repletas de histórias, sonhos e memórias. No entanto, sua partida foi silenciosa e súbita. Em sua despedida, depositei as últimas palavras de amigo para amigo. Senti, com uma clareza profunda, que ele havia cumprido sua jornada, e isso trouxe paz ao meu coração.
Naquela tarde, entre lágrimas e despedidas, apenas prometi a ele: "Em breve, amigo, juntos estaremos em outras dimensões."
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Trovas
1. Amigo, irmão do passado, Companheiro de jornada, Com você sempre ao meu lado, A amizade foi honrada.
2. Lá no colégio salesiano, Entre risos e sermões, Cultivamos todo ano Nossas doces lições.
3. E assim seguiu nossa história, Da infância à idade madura, Você deixou na memória Uma amizade tão pura.
4. Em Joinville, te encontrei, Com Susan, teu novo amor, Felicidade eu desejei Pra vida sem mais temor.
5. Quando ao seu lado estive, Na última despedida, Foi como se ainda eu vivesse A essência da nossa vida.
6. Irmão, amigo querido, Em paz espero que estejas, Nosso elo bem vivido Resistirá às pelejas.
7. Em outra dimensão, enfim, Nos reencontraremos, eu sei, E com carinho e amor sem fim, Juntos de novo serei.
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Resenha
Reflexões sobre a Amizade com Jucélio Nabor Pereira
1. Início de uma Amizade Eterna
Conhecimento em um colégio salesiano em Ascurra na infância.
Fortes princípios religiosos que formaram a base para uma vida de ética e lealdade mútua.
2. Caminhos que se Cruzam
Encontros ao longo da vida, especialmente em Joinville, onde Jucélio encontrava-se com o amigo e sua família.
3. Vida Pessoal e Conquistas
Jucélio casou-se e teve filhos, construiu uma carreira sólida e, mais tarde, encontrou a felicidade ao lado de Susan.
4. Último Encontro e Despedida
No último adeus, foi prestada uma emocionante homenagem, reconhecendo o cumprimento de uma trajetória significativa.
5. Sentimento de Missão Cumprida
Sentimento de paz ao reconhecer que Jucélio seguiu seu destino até o fim.
6. Dimensões Cósmicas e Encontro Futuro
A crença de que a amizade transcenderá, aguardando um reencontro em outras dimensões.
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Conclusão
A amizade é um laço que desafia a efemeridade da vida e o peso do tempo. A relação com Jucélio Nabor Pereira foi marcada por encontros, afeto e respeito, desde os primeiros passos no colégio salesiano até os momentos finais, em que a amizade e a gratidão foram expressas em um discurso emocionado. As lembranças que ficam revelam um ciclo de vida completo e de cumplicidade profunda. Resta a certeza de que, além da despedida, existe a promessa de um reencontro em algum plano onde a amizade, pura e sincera, continua. Beckhauser
Enviado por Beckhauser em 05/11/2024
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