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Textos


Crônica: As Perdas Necessárias

 

- A vida é um constante fluir, uma corrente que nos empurra, quase imperceptível, rumo a um destino desconhecido.

- Quando jovens, somos movidos pela ideia de que a eternidade está ao nosso lado, de que a energia que carregamos nos basta, mas aos poucos percebemos que a juventude, por mais vigorosa, é finita.

- Não importa quão cuidadosos sejamos, perderemos.

 

Judith Viorst, em seu livro "Necessary Losses", nos leva a refletir sobre a importância dessas perdas.

- Perdemos amigos, amores e sonhos, e com eles parte do que acreditávamos ser essencial para nós.

- Mas, de maneira intrigante, é a própria perda que nos permite crescer.

- A dor esculpe novas dimensões em nossa alma; a saudade, paradoxalmente, nos faz enxergar mais nitidamente o que um dia tivemos e que, pela beleza efêmera, perdemos.

 

- E, de fato, viver é renunciar constantemente.

- Renunciamos ao controle que desejávamos ter, aceitamos que há limites impostos pelo tempo e que, no fim das contas, a vida se faz de um conjunto de entregas e despedidas.

- Cada despedida, de certo modo, nos fortalece, embora o peso dela nos lembre da nossa humanidade e da nossa vulnerabilidade.

 

- É na aceitação da impermanência que encontramos serenidade.

- Deixamos de querer o impossível e, no lugar disso, buscamos o que é tangível, o que está ao nosso alcance.

- Crescemos quando entendemos que as perdas são tão naturais quanto o próprio ciclo da vida.

- Porque, afinal, é na renúncia que construímos nosso verdadeiro eu, aquele que entende que para viver em paz, é preciso perder com sabedoria e com coragem.

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Sete Trovas Sobre as Perdas Necessárias

 

1.

 

Perder o tempo, ganhar saber,

é parte da vida que se ensina.

A dor da perda vem nos trazer

a paz que a maturidade destina.

 

2.

 

Cada momento que vai embora,

deixa uma marca em nosso peito.

A juventude se vai embora,

mas nos dá força e nos faz sujeito.

 

3.

 

Perdemos tanto, é natural,

mas cada perda traz um ganho.

Na estrada amarga e desigual,

só com renúncia, paz eu apanho.

 

4.

 

A juventude que se desfaz,

leva a beleza que encantava.

Deixando a alma um pouco mais

pronta pra tudo o que restava.

 

5.

 

Dores que vêm, dores que vão,

nas curvas do tempo a nos guiar.

Entre as perdas, a lição,

de que viver é renunciar.

 

6.

 

O amor que um dia nos deixou,

e a amizade que desfez,

ensinam que nada nos sobrou,

exceto a paz que o tempo fez.

 

7.

 

Das ilusões que eu perdi,

trago saudade e aprendizado.

E hoje, eu vivo o que construí

com os pedaços do passado.

 

---

 

Resenha sobre "Necessary Losses" de Judith Viorst

 

1. Tema Principal:

 

-:Judith Viorst explora o conceito das perdas necessárias ao longo da vida, mostrando como essas perdas são inevitáveis e essenciais para o desenvolvimento humano.

 

2. Perdas como Parte do Crescimento:

 

- A autora argumenta que para que haja crescimento emocional e psicológico, é preciso passar por perdas e renúncias.

- Assim, essas experiências tornam-se uma ferramenta para nosso aprimoramento.

 

3. Tipos de Perdas:

 

- Viorst aborda diversos tipos de perdas, desde as mais sutis, como ilusões e expectativas, até as mais profundas, como perdas de pessoas amadas e da própria juventude.

 

4. Renúncia e Autocontrole:

 

-:Para Viorst, a vida exige uma constante renúncia ao controle.

- É a aceitação da nossa vulnerabilidade que nos proporciona serenidade e a compreensão de que não podemos deter o tempo.

 

5. O Papel das Despedidas:

 

- Cada despedida, segundo Viorst, é uma chance de redescobrirmos quem somos.

- Ao deixar ir, abrimos espaço para que novas experiências se desenrolem, substituindo o que antes parecia insubstituível.

 

6. Aceitação da Realidade:

 

- Judith destaca a importância de aprender a lidar com a realidade, deixando de lado ilusões que não se sustentam.

- É na aceitação que o indivíduo encontra paz e alinhamento com o que é possível.

 

7. Conclusão da Autora:

 

- Viorst conclui que, para viver plenamente, devemos abraçar a finitude da vida, reconhecendo que, para crescer e evoluir, é necessário aceitar a perda como parte integrante do nosso caminho.

 

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Conclusão Inebriante

 

- Na dança da vida, não há como escapar das perdas.

- Elas nos moldam, nos desafiam, nos fazem questionar tudo o que pensamos saber.

- É nelas que encontramos nosso verdadeiro eu, no vácuo que deixam, preenchido pela força que ganhamos em cada queda. - Perdemos o tempo, ganhamos o hoje; perdemos pessoas, ganhamos lembranças; perdemos sonhos, ganhamos maturidade.

- E assim, entre uma renúncia e outra, continuamos, certos de que, no final, a beleza da existência é construída pelo que tivemos coragem de deixar ir.

(By: #Lbw-IA, Pirahystrasse, Beckhauserparadiesecke, Oma, Joinville-SC, em 15 out/2024! Terça-feira.)

Beckhauser
Enviado por Beckhauser em 15/10/2024


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