Escrevi um texto sobre a TRISTEZA em tempos idos. ...Estaria aqui o conceito da saudade inserido neste contexto?
"Saudades Tristes" nesta italiana "tristezza" inefável!
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Beckhauser Enviado por Beckhauser em 10/01/2008 Reeditado em 18/07/2008 Código do texto: T811186 Crônica sobre "Tristeza"
CRÔNICA da "TRISTEZZA"...
- A tristeza, como Laércio Beckhauser bem observa em seu texto, é uma companheira inevitável da condição humana. - Em nossa jornada pela vida, ela nos visita em diferentes momentos, carregando consigo a profundidade de uma palavra que, em italiano, ganha ainda mais intensidade: "tristezza." - Talvez, como sugere o autor, a melodia da língua italiana acrescente à tristeza um peso mais dramático, um eco de melancolia que reverbera além da simples dor.
- À medida que envelhecemos, percebemos que a tristeza não é apenas fruto de momentos pontuais, mas de todo um processo de amadurecimento. - O corpo, antes vigoroso, cede à inevitabilidade do tempo, e a mente, cada vez mais lúcida, compreende com uma clareza dolorosa os ciclos da vida. - Há algo profundamente nostálgico nessa visão – uma saudade do que fomos e uma tristeza pela certeza do que não seremos mais. - Talvez seja aí que a saudade e a tristeza se entrelaçam, formando uma espécie de "saudades tristes", como bem define Beckhauser, um sentimento inefável, difícil de explicar, mas fácil de sentir.
- No fundo, a tristeza é, muitas vezes, a marca deixada pela saudade. - Não apenas do que passou, mas do que, em algum momento, ainda ansiamos ter. - E assim, vivemos com essa melancolia, que nos ensina, pouco a pouco, a apreciar os dias e a entender que, em meio à tristeza, ainda há beleza.
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Miniconto
- Maria Pietra, sexagenária, estava sentada na varanda de sua casa, os olhos fixos no horizonte. - O pôr do sol tingia o céu de laranja, mas ela mal notava. - Fazia tempo que a alegria se dissipara, deixando apenas um vazio silencioso. - Era uma saudade que não sabia nomear. Saudade da juventude? - Talvez. - Saudade do tempo em que os filhos corriam pelo quintal? - Sem dúvida.
- Ela suspirou, sentindo a tristeza invadir seu peito. "Tristezza," pensou, lembrando-se da palavra italiana que seu avô tanto usava. - Era isso. - Uma tristeza antiga, profunda, como o fim de um sonho que nunca mais seria retomado. - E ali, entre a saudade e a melancolia, ela encontrou um estranho consolo, sabendo que, no fundo, essa tristeza também fazia parte de viver.---
Trovas sobre a tristeza:
1.
A tristeza que nos toca, vem do tempo que passou, traz saudade, e sempre invoca o que a vida nos negou.
2.
Nas palavras, dor contida, melancolia a surgir, tristezza é minha vida, num eterno repetir.
3.
Saudade e tristeza andam, como irmãs de mão colada, por onde nossos pés vagam, levam a alma desolada.
4.
O tempo faz despedida, leva sonhos pelo ar, tristeza é parte da vida, que não cessa de voltar.
5.
É tristeza que nos guia, como sombra a nos seguir, mas traz também a poesia, que nos faz ressurgir.
6.
No silêncio do meu peito, guardo a dor que me restou, tristezza é o meu jeito, de lembrar o que faltou.
7.
Se a saudade é tão cruel, é tristeza a refletir, um amor doce e fiel, que não cansa de existir.
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Resenha sobre "Tristeza"
1. O peso etimológico da palavra – Laércio começa por destacar a origem latina do termo "tristeza" e a intensidade da versão italiana, "tristezza", sugerindo que o idioma influencia a profundidade do sentimento.
2. A ligação com o amadurecimento – O autor explora como a tristeza se torna mais presente conforme envelhecemos, à medida que a mente ganha lucidez e o corpo sucumbe às limitações impostas pelo tempo.
3. A inevitabilidade do sentimento – A tristeza não é algo que escolhemos sentir, mas uma consequência natural das mudanças físicas, emocionais e mentais que ocorrem ao longo da vida.
4. A presença da saudade – Beckhauser sugere que a tristeza é, muitas vezes, um reflexo da saudade – uma saudade dos tempos passados, da juventude perdida, ou de sonhos que não se realizaram.
5. O conceito de "saudades tristes" – Ele propõe que a tristeza e a saudade se fundem em um sentimento único, ao qual ele chama de "saudades tristes", capturando a melancolia que muitas vezes acompanha as lembranças.
6. A tristeza como parte da evolução humana – O texto também reflete sobre como, ao envelhecermos, entendemos melhor a tristeza, não apenas como algo negativo, mas como um aspecto inevitável e até enriquecedor da vida.
7. A relação com a morte – Finalmente, há uma reflexão sutil sobre a mortalidade, sobre como a tristeza nos faz enfrentar a realidade do fim, mas também nos conecta às memórias de quem fomos.
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Conclusão: A Saudade e a Tristeza: Duas Faces do Mesmo Coração.
- Laércio Beckhauser nos lembra que a tristeza e a saudade são inevitáveis companheiras da vida. - Como irmãs inseparáveis, elas caminham ao nosso lado, refletindo a profundidade de nossas experiências e lembranças. - "Tristezza" não é apenas um estado de espírito, mas uma parte essencial da existência humana, que nos faz perceber que, mesmo no meio da melancolia, há uma beleza que merece ser sentida e compreendida. - Afinal, é na tristeza que também encontramos o amor, a memória e a vida em sua forma mais pura. (By: Lbw-IA, Pirahystrasse, Beckhauserparadiesecke, Oma, Joinville-SC, em 25 srt/2024.- quarta-feira.) Beckhauser
Enviado por Beckhauser em 25/09/2024
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