Deuses da Razão e da Sabedoria- Ter Razão não é fundamental para atingirmos o ápice da Sabedoria.
Crônica: Os Deuses da Razão e da Sabedoria
- No vasto panteão das nossas crenças humanas, habitam os Deuses da Razão e da Sabedoria. - Eles não residem em templos, nem se deixam capturar em monumentos de pedra. - Ao contrário, encontram-se nos recônditos de cada mente que ousa refletir sobre o mundo e sobre si mesma. - A Razão, sempre soberba, acredita que cada cálculo, cada dedução que faz é infalível. - Sentada em seu trono de lógica, impõe suas regras com a confiança de quem julga deter todas as respostas.
- Já a Sabedoria, mais velha e paciente, observa com um leve sorriso a presunção de sua irmã Razão. - Ela sabe que o verdadeiro conhecimento vai além dos limites de qualquer equação ou silogismo. - A Sabedoria, com suas longas vestes feitas de experiências, fala menos e escuta mais. - Ela ensina que, muitas vezes, a verdade não é uma linha reta, mas um labirinto que precisa ser percorrido com humildade.
- Os seres humanos, em nossa busca incessante por respostas, costumamos nos curvar diante da Razão, acreditando que ela nos salvará do caos da existência. - E, por isso, cometemos erros. Esquecemos que sem a Sabedoria — aquela que nos mostra o valor dos erros, que nos ensina a olhar para dentro e questionar nossas próprias certezas — nos perdemos na ilusão de sermos "deuses da razão", quando, na verdade, somos meros aprendizes no grande teatro da vida.
Trovas sábias e racionais.
1.
A Razão traça caminhos, Certos, retos, com precisão. Mas a Sabedoria, em seus desalinhos, Nos revela a verdadeira lição.
2.
Quem pela razão se embriaga, Esquece o coração a pulsar. Mas a sabedoria, que não se apaga, Ensina a sentir antes de julgar.
3.
A lógica desenha suas linhas, Como mapas de clara visão. Mas é nos erros e entrelinhas, Que nasce o fruto da compreensão.
4.
Deuses da Razão altiva, Nos cegam com certezas mil. Mas a Sabedoria furtiva, Nos toca com um saber sutil.
5.
A mente se inunda de ideias, Enquanto a alma busca sentido. Entre verdades e suas marés, Está o erro bem compreendido.
6.
No conflito entre saber e errar, A Razão brada sem piedade. Mas a Sabedoria, ao escutar, Nos guia para a eternidade.
7.
Nas trilhas da vida andamos, Buscando certezas em vão. Mas é quando nos enganamos, Que nasce em nós a redenção.
Resenha dos Tópicos
1. Erro e aprimoramento humano: - O autor explora a premissa de que errar faz parte da condição humana e que, através desses erros, podemos aprimorar nossa consciência. - Ele rejeita a ideia de que possuímos verdades absolutas, sugerindo que essa crença, muitas vezes, é fruto de ignorância.
2. Ignorância e verdade absoluta: - O texto critica a tendência de nos considerarmos donos da verdade. - Esse comportamento, ao invés de nos engrandecer, revela uma profunda ignorância sobre a complexidade da vida e das relações humanas.
3. Deslizes e aberrações intelectuais: - Somos suscetíveis a erros de julgamento e a comportamentos que podem ser classificados como "aberrações intelectuais". - O autor vê essas falhas não como falhas definitivas, mas como parte do processo de crescimento pessoal.
4. Contradição existencial: - Ao nos considerarmos "Deuses da Razão", caímos em uma contradição: acreditamos ter todas as respostas, quando, na verdade, ainda estamos em um processo contínuo de descoberta e desenvolvimento.
5. Convivência com divergências: - O autor enfatiza a importância de aprender a conviver com opiniões e ideias divergentes. - A verdadeira sabedoria reside na aceitação e na valorização dessas diferenças, ao invés de tentar impor uma única visão de mundo.
6. Literatura e Artes: - A arte é vista como uma ferramenta eterna de expressão e reflexão, preservando a capacidade de transmitir conhecimento e sentimentos ao longo do tempo. - O autor faz um apelo para que ações que valorizem a arte e a literatura sejam sempre incentivadas.
7. A arte como legado imortal: - A arte, em sua essência, é imortal. Ela transcende o tempo e o espaço, mantendo-se relevante e impactante. - Através dela, as gerações futuras podem aprender e se inspirar.
Conclusão Impactante
- No fim, não somos deuses da razão. Somos aprendizes, vagando em meio a nossas imperfeições, buscando fragmentos de sabedoria. - Os erros que tanto tememos são, na verdade, os degraus que nos levam ao entendimento mais profundo de nós mesmos e do mundo. - Como navegadores, traçamos rotas, mas é nos desvios que descobrimos novas terras. - Que possamos abandonar a ilusão da verdade absoluta e abraçar a beleza da incerteza — pois é nela que reside o verdadeiro aprimoramento humano.
(By: #Lbw-IA, Pirahystrasse, Beckhauserparadiesecke, Oma, Joinville-SC, em 19 set/2024! Quinta-feira.) Beckhauser
Enviado por Beckhauser em 21/09/2024
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