Língua Materna...
Ah! Língua materna, ...
Ah! Minha e nossa Língua Portuguesa.
Nela aprendemos a suplicar carinhos
maternos e fraternais. Nela aprendemos a expressar
nossos desejos e nossos anseios.
Nela consolidamos a nossa forma de pensar e agir,
dando explicações comportamentais.
Língua de nossos ancestrais, se atualizada e se
compreendida em sua integralidade poderemos e
podemos usá-la para nossa vivência diária e harmonia
cósmica que muitos chamam de FELICIDADE.
Nosso idioma, é lindamente chamado de
"A Última Flor do Lácio",
local donde surgiu o latim, um cantinho da
Europa, a terra dos portugueses,
cuja versão mais vulgar contribuiu
substancialmente
para gerar a fala lusitana,
agregando outras existentes, na região que veio
a ser Portugal.
Língua portuguesa
Olavo Bilac
Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela...
Amo-te assim, desconhecida e obscura.
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela,
E o arrolo da saudade e da ternura!
Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,
em que da voz materna ouvi: "meu filho!",
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!
Olavo Bilac, além de poeta parnasiano, cronista, contista, conferencista e autor de livros didáticos, deixou também na imprensa do tempo do Império e dos primeiros anos da República vasta colaboração humorística e satírica, assinada com os mais variados pseudônimos, entre os quais os de Fantásio, Puck, Flamínio, Belial, Tartarin-Le Songeur, Otávio Vilar, etc., assinando, em outras vezes, o seu próprio nome. Nascido no Rio de Janeiro a 16 de dezembro de 1865, foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, em que ocupou a cadeira nº. 15, que tem Gonçalves Dias por patrono. No seu principal livro, "Poesias", incluiu Bilac alguns sonetos satíricos , sob o título de "Os Monstros". Escreveu livros em colaboração com Coelho Neto, Manuel Bonfim e Guimarães Passos, sendo que, com este último, o volume intitulado "Pimentões", de versos humorísticos.
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