Em momentos de reverência religiosa muitas pessoas encontram indescritível felicidade espiritual.
Este contentamento desta felicidade tranquila é fruto no fervor de uma religiosidade apaixonada em ensinamentos e crenças de intensa adoração.
O inglês Desmond Morris explica que milhões de peregrinos muçulmanos chegam a Meca e grandes multidões chegam a Lourdes e muitos peregrinos experimentam sensações de êxtase religioso. Afirma ainda que o elemento chave para esta felicidade é uma fé total, cega, nos princípios de uma religião particular.
Se houvesse uma discussão razoável, um debate científico, um pensamento analítico ou ainda o bom senso diário neste enredo, tudo estaria perdido e seria modificado.
Mas todos sentem esta felicidade sagrada e espiritual.
Seria , talvez, a segurança perdida na infância, quando a criança sente o abraço amoroso e carinhoso de uma figura superior que poderá ser chamada de PAI ou de MÃE, e acredita serem protetores e "todos-poderosos."
Este sentimento todos nós sentimos e desejaríamos que acontecesse conosco, constantemente.
Mesmo ao atingirmos a maturidade, gostaríamos de encontrar pais simbólicos, protetores e que tivessem poderes ilimitados.
Muitas culturas antigas celebravam a Mãe Terra, a Mãe Deusa e em determinada época
houve a troca de sexo desta divindade e agora, muitos humanos, cultivam o DEUS PAI.
Os pais humanos poderão ter deslizes nos pedidos de seus filhos, mas o PAI ou a
MÃE sagrados estão ausentes em matéria e suas mensagens e ensinamentos são passados para seus possíveis "filhos" por astutos e espertos intermediários que ao organizarem cerimônias especiais celebram pela paixão e fé compartilhadas uma devoção divina resultando uma FELICIDADE TRANQUILA.
Afirma Desmond Morris que estas sensaçõs destas crianças pseudo-adultas são reais e que isto faz parte da neotenia que é um processo no qual um animal atinge status adulto enquanto retém qualidades juvenis.
Por isto chegamos a conclusão que todos nós somos "FILHOS DE DEUS" nesta cultura
de poder masculino ou 'FILHOS DE DEUSA" em culturas antigas, mesmo quando passamos dos 60 anos de existência e atigirmos a senilidade.