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Meu Diário
25/03/2010 12h45
A fábula da humanidade
25 de março de 2010. | AN
ARTIGO
A fábula da humanidade, por Meguy Deisi Corrêa*
O filósofo Friedrich Nietzsche (1884-1900) começa sua obra “A Verdade e a Mentira num Sentido Extramoral” falando de um astro perdido em universo cintilante. Nesse astro, existem organismos vivos, dentre eles “animais inteligentes”, os quais inventaram o “conhecimento”.

Nietzsche coloca esse instante – e percebam que foi apenas um instante – como o mais soberbo e mentiroso dentro da “história universal”. Ele tenta demonstrar “quão lamentável, quão fantasmagórico e fugaz, quão sem finalidade e gratuito fica o intelecto humano dentro da natureza.” O “intelecto” é um instrumento com o qual a natureza agraciou o homem como condição para este sobreviver, visto que é desprovido de garras, couraça, veneno ou de envergadura que o possibilitasse sobreviver entre os animais.

Neste caso, o “intelecto” é meramente um instrumento para o homem poder sobreviver, contudo, esse meio para a conservação do indivíduo desdobra sua força mestra no disfarce. O intelecto possibilita ao homem criar critérios – que só têm validade aos homens – para mensurar o mundo, por extensão, entendê-lo e, por seguinte, poder sobreviver.

Porém, o homem, tenta conferir um caráter de verdade ao conhecimento. O conhecimento, que antes tinha a sua importância utilitária, para sua sobrevivência, passa agora a transpor essas linhas e tenta instituir verdades – mais do que isso, entra no campo da ética.

O indivíduo temeroso das condições precárias da sua condição biológica irá se lançar na empreitada de criar condições que diminuam os perigos e a morte iminente que está ao seu redor. Tentará criar um acordo de paz na “guerra de todos contra todos”. Nesta tentativa de se conservar, abre-se margem à criação do que posteriormente será a instituição da verdade. Resguardado pela linguagem, o homem irá criar valores que serão vistos como verdadeiros e outros como falsos, no esforço de encontrar um ponto que diminua os atritos e os riscos da morte. Tendo criado os valores, irá se esquecer das próprias criações e chegará ao absurdo de acreditar que essas criações são verdades absolutas que estão para além do que é humano.

*Acadêmica de ciências sociais da Universidade do Contestado (UNC) – Canoinhas


Publicado por Beckhauser em 25/03/2010 às 12h45

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