Boa noite a todos. Aprendi desde cedo, aos 14 anos, quando comecei a trabalhar na empresa dos meus pais, que não há segredo de sucesso. Há sim um esforço combinado entre competência, talento e trabalho. Neste discurso de posse quero primeiramente agradecer o voto do confiança dos joinvilenses. O apoio dos eleitores ao nosso plano de governo. Agora é hora de trabalhar por toda a nossa gente.

Também quero agradecer ao prefeito Carlito Merss, que foi amistoso e cooperativo nesta fase de transição mostrando o caráter republicano e democrático que só reforçam o amadurecimento político no Brasil.

Depois de 40 anos dedicados a iniciativa privada, ao crescimento da empresa Döhler, a dedicação ao voluntariado tanto nos Bombeiros como em hospital da cidade, sinto-me preparado para o desafio de ser prefeito da minha cidade.

Durante 8 meses preparamos o nosso plano de governo, ouvimos centenas de pessoas e entidades. Participamos de mais de 500 reuniões pelos bairros, ouvindo a população, incorporando propostas de gestão e saímos com uma plataforma de governo sólida e com uma convicção: vamos ouvir e conversar com as pessoas para poder atender suas demandas ao longo de todo o nosso mandato.

Melhorar a coisa pública será uma ação imediata. Vamos eliminar procedimentos desnecessários, substituir rotinas ultrapassadas para eliminar os carimbos e combinar as ações e práticas do Estado com o Município, principalmente na saúde e no meio ambiente. Vamos ainda modificar o arranjo produtivo para dar mais eficiência e melhorar o desempenho da máquina pública.

É preciso ter respeito ao dinheiro público e esse será o nosso principal compromisso. Não permitiremos o desperdício de um único centavo do dinheiro público. Seremos implacáveis na punição de eventuais desvios e a transparência será total. Vocês saberão o quanto a prefeitura arrecada e como aplicará o dinheiro público.

Por isso, montamos uma equipe de governo baseada nos critérios de competência, honestidade e integridade. Somente com técnicos preparados e comprometidos com o trabalho é que chegaremos às soluções dos problemas, sem fisiologismos, acomodações ou acordos políticos.

Todos nós somos iguais. Buscamos a igualdade e precisamos combater a desigualdade. O que todos nós queremos é uma cidade mais justa e igual para todos. Sabemos que quase 10 mil pessoas vivem sem endereço e com pouco acesso aos serviços públicos em Joinville. É por aí que vamos começar o nosso trabalho. Combater a desigualdade é essencial, preparar a cidade para o futuro é fundamental. Em três décadas atingiremos 800 mil habitantes, neste período a manufatura, o emprego e as demandas sociais serão outras. Precisamos estar preparados.

Os desafios são gigantes. A cidade cresceu acima da média nacional e o poder público teve dificuldade de acompanhar o seu crescimento. Na carona do desenvolvimento vieram os problemas sérios no atendimento da saúde, educação infantil, trânsito congestionado e a violência que assusta a todos nós.

Se hoje o trânsito congestionado incomoda, o risco da falta de água pode ser bem mais grave.

Se no presente a educação reclama investimentos imediatos, no futuro é essencial formar o jovem para as demandas da nova economia, criar novas ferramentas de ensino e evitar o analfabetismo digital.

Se melhorar o atendimento a saúde é a prioridade atual, no futuro a construção de um novo hospital e a interface do sistema único de saúde com o sistema privado serão necessários. A saúde precisa de melhorias contínuas e uma eficiente Central Única de Medicamentos.

Se a violência crescente com o avanço das drogas intranquiliza a população, é compromisso nosso integrar todas as forças de segurança, pública e particulares da cidade, para estancar a escalada do crime.

A Prefeitura precisa estar perto de você. O servidor público precisa ser valorizado. Vamos propiciar uma melhor formação, instrumentação e ambiente de trabalho satisfatórios, motivação e reconhecimento. O servidor público será o protagonista da gestão e disto não temos dúvida.

O nosso plano de governo pensa a cidade para as próximas décadas. A vocação para o voluntariado precisa ser mantida e está no DNA de Joinville. Vamos cooperar e trabalhar para apoiar ações do voluntariado, junto com as associações de moradores, clubes sociais, clubes esportivos, ONGs e igrejas.

A população exige uma cultura descentralizada, que tenha ações culturais nos bairros, reforço nas nossas festas típicas. O joinvilense quer qualidade de vida. Vamos implantar um grande parque ecológico para integrar a população com a natureza. O trabalhador e a dona de casa querem se livrar do pó nos dias de sol e da lama nos dias de chuva. Pavimentação de ruas é uma necessidade e teremos metas ousadas para cumprir.

É essa qualidade de vida que precisamos recuperar. E para isso vamos cuidar e preservar as áreas verdes do município, assegurando e prevenindo invasões ao cinturão verde da cidade, além de garantir a melhoria da renda do produtor rural. Essas ações estarão interligadas com um forte avanço no programa habitacional em nossa cidade.

É preciso ter atenção e esforços redobrados para a aprovação da Lei de Ordenamento Territorial, sem a qual estaremos correndo sérios riscos de tolher novas oportunidades de trabalho no futuro.

Por tudo isso que estreitaremos o relacionamento com o poder legislativo, ouvindo as sugestões e demandas dos vereadores no sentido de darmos uma melhor contribuição para o aperfeiçoamento da legislação e solução aos anseios da população.

Estou preparado para assumir a função de prefeito municipal da cidade em que nasci há 70 anos. Sei das dificuldades e dos desafios, mas tenho a convicção que poderemos melhorar e ter a Joinville que todos nós sonhamos. Por isso, para encerrar, volto a lembrar de uma frase que carrego comigo quando me perguntam o segredo do sucesso: Não há segredo, há trabalho.

Muito obrigado a todos.

Boa noite e feliz 2013 para todos nós.

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Trabalho.... muito trabalho.....Tripalium era um instrumento feito de três paus aguçados, algumas vezes ainda munidos de pontas de ferro, no qual os agricultores bateriam o trigo, as espigas de milho, para rasgá-los, esfiapá-los. A maioria dos dicionários, contudo, registra tripalium apenas como instrumento de tortura, o que teria sido originalmente, ou se tornado depois.
Tripalium (do latim tardio "tri" (três) e "palus" (pau) - literalmente, "três paus") é um instrumento romano de tortura, uma espécie de tripé formado por três estacas cravadas no chão na forma de uma pirâmide, no qual eram supliciados os escravos. Daí derivou-se o verbo do latim vulgar tripaliare (ou trepaliare), que significava, inicialmente, torturar alguém no tripalium.
É comumente aceito, na comunidade linguística, que esses termos vieram a dar origem, no português, às palavras "trabalho" e "trabalhar", embora no sentido original o "trabalhador" seria um carrasco, e não a "vítima", como hoje em dia. Agostinho da Silva escreveu, contudo, um pequeno ensaio em que discorda de tal etimologia - de acordo, aliás, com a sua filosofia de dignificação do trabalho como atividade passível de dar prazer, adequando-se por completo às doutrinas calvinistas. Fonte Wikipédia...

Quem sabe, sabe, quem pode.... pode... POIS, o conhecimento é o dono do PODER.